5 de maio de 2007

A Última Vítima

Quinta-feira. Noite.
Noite mais longa
que os doze anos que
As famílias de Vigário,
esperam por justiça,
noite mais longa
que o grito das vitimas
Na carne das vitimas a dor
dor maior sentirá seus parentes e amigos
que sempre lembrarão esse dia como um dia triste
mas nem por isso deixaram de buscar justiça
Ninguém viu como chegaram.
Em torno à treva abriga
o passo de seus executores.
As mãos sedentas de sangue,
de prisões, de chagas,
arrastam teus corpos
até a vala negra
Mas eles estavam sozinhos,
Nunca estiveram seguros.
teus irmãos tentaram faz justiça
mesmo que seja em vão
o riso dos chacais continua
De tuas bocas ainda brotará os últimos
gritos por socorros naquela noite lá em Vigário,
em Queimados, no Morro da Providência,
na Rocinha, na Maré, em Nova Iguaçu, Caju, e nos gritos
das vitimas da Candelária implorando pela vida.
Texto baseada na poesia ultima noite em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog do poeta Pedro Tierra (Valdean)

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