Pelas ruas largas e ruelas estreitas
onde mora nossas vidas o bloco passa
Nas janelas de primeiro, segundo e terceiro
os rostos contemplam o batuque
marcando nosso andar
Em dias de chuva ou de sol,
um antes anunciando, um depois fechando
O bloco sai pelas ruas divertindo,
alegrando, cantando, festejando, protestando...
Foliões politizados, bêbados, crianças,
velhos, senhoras dona de casa
seguem o bloco embalados pelo
pulsar de bateria
Os flashs fotográficos
abrem caminho sobre o tempo
registrando a existência tocada
por surdos, caixas, repiques e tamborins
O repicar de mestre de bateria replica
no crer do realizável e na prática do possível.
Em dias assim o bloco sai pelas ruas
cantando o carnaval.
2 comentários:
Uma belíssima homenagem ao bloco, aos seus integrantes e aos morados da Maré.
Parabéns pela sensibilidade poética.
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