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Morador da comunidade Baixa do Sapateiro na Maré. Tinha bom relacionamento e por esse motivo amigos e familiares indignados, num ato espontâneo mobilizaram-se para protestar sua morte no dia 14 de abril, mas foram reprimidos. Na ultima quarta feira (21 de abril) familiares e amigos do jovem organizaram-se e sairam as ruas da comunidade para manifesta-se diante da injustiça.
Mortes como a de Felipe são recorrente por essas bandas, no dia 4 de dezembro de 2008 de uma forma semelhante, Mateus de 8 anos foi morto por policiais quando saia de casa para comprar pão.
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A semelhança entre os casos não é mera coincidência, ambos moradores de favela, da mesma favela, um foi morto às 10 horas da manhã o outro às 11 horas, um tinha 8 anos o outro 17, os dois foram alvejados na cabeça. Segundo a instituição policial, ambos, foram mortos em troca de tiros. Os moradores contestam tal versão.
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A imprensa transmite a informação onde a instituição policial diz que “era traficante”. Os moradores contestam e dizem que o “não é verdade”. Estas são frases recorrentes nos noticiários sobre as mortes ocorridas nas favelas com esse caráter. O mais terrível é que a voz dos moradores ecoa de forma oca e sem força e a fala que prevalece é a voz contundente da instituição policial, a fala dos parentes das vitimas fica sempre no plano do suspeito e por isso não recebe o devido credito e respeito. O fato é que as mortes acontecem e o Estado brasileiro não cria mecanismo para preservar a vida de pessoas comuns como Felipe, Mateus, e outros tantos que morem diariamente nas favelas da cidade.
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A população da Baixa do Sapateiro saiu às ruas chorando a morte do jovem Felipe que pagou com a vida uma divida que nunca contraiu.
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Ao final os moradores deram as mãos e rezaram em memória de Felipe dos Santos de 17 anos que cometeu o crime de morar numa favela e foi sentenciado com a morte.
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