9 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


 Sobre o filme Tropa de Elite 2

Ontem fui vê o filme Tropa de Elite II. Confesso que gostei.  Não gosto do I. Acho que o II toca nas chagas do Poder da Cidade do Rio de Janeiro.

O “sistema” é o assunto e a inconformidade do “Caveira” Capitão Nascimento com o “sistema” é a estrutura da narrativa do Filme. O “Caveira” descobre que o problema do “sistema” que ele combate se encontra na própria máquina do Poder, especificamente onde devia ser combatido, na Secretaria de Segurança Pública do Estado. 

O filme coloca a imprensa como contraponto da força politiqueira. Ao meu ver o filme não problematiza a imprensa de uma forma que me agrada, acho que a imprensa deve ter lá suas sujeiras também, esse foi o ponto que menos gostei do filme. Talvez a imprensa seja assunto mais explorado no Tropa de Elite III.

Uma questão do filme muito criticada no Tropa de Elite I continua no II. Há por parte da obra uma exaltação da máquina eficiente em matar, o Bope. O Bope é apresentado como sendo a solução para o enorme problema de corrupção que “mina” toda a  Polícia Militar da cidade, segundo a obra. A aprovação era visível na platéia que lotava os dois andares do  Odeon, que durante a sessão aplaudiu varias vezes as atitudes do Capitão Nascimento.

Em linhas gerais a obra aborda um assunto que quem vive no cotidiano da cidade do Rio já sabe ou pelo menos suspeita do que acontece por trás das cortinas do Poder. Nem precisa ser especialista no assunto, as evidências são visíveis, principalmente para quem vive diretamente as questões colocadas no filme.

No I a favela é colocada como sendo onde ocorrem os problemas da cidade, já no II a questão se expandiu e deixa claro que os problemas ocorridos nas favelas do Rio tem origens em questões não resolvidas da Sociedade brasileira.

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