13 de abril de 2011

Território “Livre”



O território ficou “livre”
e como enxurrada
as pessoas voltaram a transitar

A rotina frenética irrompeu elevando-se
a mil graus de euforia

Preso ao raciocínio troncudo da crítica
não me restava opção
Eu precisava perguntar

- Livre do que / pra que / porque?

Em coro os fatos me responderam
com elevada doses fisiológicas de bem-estar
“O território tá livre para transitar!”

Os fatos:
As ruas encheram-se de gente
E como num mar nadavam 
Andavam de moto...
Andavam de carro...
Andavam de bicicleta...
Ou eram apenas transeuntes
No vai e vem o frenesi
deixou de ser rotina
e elevou-se ao nível da euforia

Era frenético não só pelo “livre” andar
era também pela vontade  de explorar o conhecido
há tempos não visitado.

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