23 de julho de 2011

Projeto Morrinho

Projeto Morrinho, Rio de Janeiro.


22 de julho de 2011

Palmeiras

Imagem com aplicações de filtros do Photoshop


20 de julho de 2011

Praça Américo Brum na Providência : espaço de memória





Moradora da Providência segura livro que contém uma imagem do espaço onde foi contruido a Praça Américo Brum, que atualmente é uma quadra. Ao fundo trabalhadores marcando o espaço para perfurarem, no local da praça segundo os moradores será construido uma das estaçoes do teleférico. A obra de demolição do espaço começou no dia 19/07/2011.

A imagem é do fotógrafo Augusto Malta. 

19 de julho de 2011

Hoje na Providência

Protesto de moradores da Providência contra obras do "Porto Maravilha e "Morar Carioca".

Hoje na Providência



Sinceramente queria ter ido ao morro da Providência para documentar, uma feijoada, um bingo, um jogo de futebol, qualquer que fosse o fato que não fugisse da rotina cotidiana da comunidade, que é na real o que pretendo com este blog.

Mas fui lá hoje para documentar e de alguma forma contribuir com a luta silenciada de alguns moradores.

O fato
Na comunidade (Morro da Favela/ Providência) ocorre há muitos dias um descontentamento por parte de alguns moradores com as obras do “Porto Maravilha” e “Morar Carioca”.

Ontem
Moradores se mobilizaram para impedir o início das obras de demolição da quadra Américo Brum no alto do Morro. Que antes era uma praça e agora possivelmente será a estação de um teleférico. Segundo os moradores a demarcação do terreno começaria ontem, mas devido às pressões os operários não perfuraram ontem.

Hoje
Hoje cheguei (s) ao local por volta das 7:40, lá se encontravam 3 carros de Polícia e logo em seguida chegou os trabalhadores que dariam início as demarcações e perfurações para a implantação de uma das torres do teleférico que ligará a cidade do Samba a Central do Brasil, somando 3 estações.

Os moradores
Rosiete Marinho, 50 anos líder comunitária. Ao perguntá-la sobre quantas casas seriam removidas, ela não teve dúvida, “70% das casas”.

Enquanto as brocas perfuravam o chão batido pisado e construído pelos moradores, cartazes iam surgindo junto com a sensação de indignação.

O choro é algo insuportável e mais ainda quando o choro é de um Sr de 63 anos, era um choro de indignação misturado a sensação de impotência diante de um fato que o atingia diretamente. Seu Nélio chorou e gritou alto para quem quisesse ouvir. “Sou nascido e criado aqui”, “eles chegam aqui na marra, não nos perguntaram nada!, não perguntaram se era possível fazer a obra”  e concluiu “queremos obras necessárias” “não queremos Centro Esportivos, nós já temos a quadra, não queremos mais nada”.



O Morro da Favela e sua resistência continua


No domingo a noite os moradores do Morro da Favela (Providência) começaram a mobilização por volta das 23:00hs, jovens do local e moradores de outros cantos do Rio de Janeiro se juntaram para o início dando fim a noite. Diferente de sábado, a comunidade pulsava silenciosamente. Marcia Eva na escada com outros moradores, mesmo cansada recebia quem chegava e levava até a quadra na qual a SMH - Secretaria Municipal de Habitação quer destruir para fazer uma estação de teleférico no lugar.


Quadra de esportes na Praça Américo Brum. É este espaço que a Secretaria Municipal de Habitação quer Destruir.

Um grupo de meninos jogava futebol, pais acompanhavam sentados no banco ao lado. Marcia ia tentando mobilizar os moradores, Caio corria, jogava futebol, soltava as pipas da imaginação e as pessoas ficavam ali, meio que paradas, aterrorizadas em olhar para aquele lugar que poderia não mais existir. Mas o pulso ainda pulsa.

Nas costas da camisa do senhor Nélio, a frase: "A procura da Batida Perfeita""

Daí nao tem nem como não falar de Dona Rosiete, uma verdadeira líder comunitária há 25 anos. Ela se apresenta ao enredo da noite, também um pouco cansada, mas carregando panela, sacolas e esperanças. Ela nasceu, cresceu e além de viver ali, luta por manter o conquistado através do esforço, num lugar, onde segundo ela, a luta maior sempre foi pela vida.

Dona Rosieti, líder comunitária há 25 anos do Morro da Favela, mais uma guerreira que chora nas favelas por falta de respeito do governo."

Foi aniversário de nove anos de sua neta mais velha, teve bolo, festa e brigadeiro. Daí ela mudou de cenário para continuar sonhando que seus netos, filhos, vizinhos, parentes, toda essa grande família da Providência, possa celebrar por muito mais tempo a vida. Acompanhada das Marcias, elas decidiram desde muito tempo a seguir noite a dentro. A avó leonina tem força de leão para resistir, mas voz suave, olhar doce e penetrante que nos sensibiliza. E, ela não desanimava, mesmo sem a presença dos moradores, ia picando cenoura, cortando cebola e cozinhando além do sopão, uma história de vida gigante.


Um coração no alvo e faixas enfeitavam a quadra no Morro da Favela

Talvez a lua cheia que iluminava aquela noite e alma daquelas pessoas. Mas todos estão cheios. Cheios de intervenções governamentais que não os ouvem, que desconsideram a coisa mais valiosa existente que é a vida e o direito à ela, à moradia e à dignidade que mesmo na adversidade, fizeram brotar, mesmo sempre esquecidos, relegados historicamente do contexto da cidade, é ali que eles dotaram de sentido e significado suas existências. E, foram felizes, guerreiros, correndo por becos, brincando na quadra, admirando a lua e a vista, tão cobiçada, de onde lançaram-se no mundo.

Não tem muleta certa, o morador se encaminhava para a mobilização, mais um de tantos Guerreiro!

O dia ia despertando mas o sol entra em sincronia com uma realidade que também está encoberta e maquiada pelas "autoridades". O sopão ficara pronto, o dia começava, os moradores circulavam pelas ruas, Rosiete e Marcia estão exautas, mas altivas. Chegam outras pessoas, mas pouco moradores. Todos em fentre a quadra ficam, a luz do sol aparece, o dia esquenta, Leo, Edmilson, Rafael e outros vão documentando em imagens, a curiosidade e intresse faz surgir mais pessoas e e os representantes do "social" da SMH dão o ar da graça entregando um comunicado de intervenção do Consórcio Rio Faz.


Sr Nélio e Dona Rosieti conversando com o Sociólogo responsável da SMH

Mas quem faz são moradores que ali estão. Fizeram suas vozes ecoar, suas histórias foram escancaradas pra que não restasse dúvida, que ali mesmo em pouco número, eles estavam de olhos bem abertos e dispostos a lutar. Sim, são poucos e há inúmeros motivos para serem poucos, mas eram de uma força capaz de silenciar discursos que tentavam tapar o sol com a peneira. Se não falou que era agora? O povo ta aqui, tá aqui pra ouvir, ta aqui pra contestar.

No fim da manhã, que na verdade foi o começo, o sopão era servido. Esperamos que alimente mais indignação e resistência. Os olhos de Rosiete brilham e o sorriso surge, também certa de nada, mas ciente de tudo, agora acompanhada por outras vozes da família providência, o Morro da Favela.


Moradores passando em frente a casa amarela no Morro da Favela.

Na Luta pela vitória, pelo Triunfo, no Morro é "nós!"
Texto Coletivo por: Mirian Benetti e Léo Lima
No dia 19 de Julho (hoje) a mobilização continua às 8:00 da manhã. Se quiser, o Morro estará de braços abertos pra você, pode subir, basta querer!
DIGA NÃO A CONSTRUÇÃO DA ESTAÇÃO DO TELEFÉRICO NO LOCAL!


Fonte: Blog do Coletivo Favela em Foco

18 de julho de 2011

Remoção de casas na Providência começa hoje




Fotos: Léo Lima



Imagens de casas marcadas para serem demolidas no Morro da Providência.  As imagens são do fotógrafo Léo Lima

Neste momento os fotógrafos Léo Lima e Edmilson de Lima estão na Providencia acompanhando o que rola por lá e mais tarde depobibilizaremos imagens aqui ou no blog Favela em Foco.


17 de julho de 2011

Rio em Preto & Branco

Paço Imperial, Rio - Louis Compte (?), 1840 (?)


A fotografia acima é uma das primeiras imagens de paisagens brasileira captada com a técnica “daguerreótipia”, na (I metade do século XIX).

A imagens do Paço Imperial foi feita em janeiro de 1840, no Cais Pharoux (atual Praça XV), Rio de Janeiro, pelo abade Louis Compte, capelão do navio-escola francês L’Orientale (“ele antes teria feitos imagens, desaparecidas, de Salvador”). 

A página “A Foto Histórica no Brasil” resgata um registro jornalístico do Jornal do Comercio de 17/01/1840, o registro do jornal mostra como foi a impressão sobre a técnica que era uma das grandes novidades do século.

Jornal do Comercio de 17/01/1840  

"É preciso ter visto a cousa com os seus próprios olhos para se fazer idéia da rapidez e do resultado da operação. Em menos de 9 minutos, o chafariz do Largo do Paço, a Praça do Peixe e todos os objetos circunstantes se achavam reproduzidos com tal fidelidade, precisão e minuciosidade, que bem se via que a cousa tinha sido feita pela mão da natureza, e quase sem a intervenção do artista".