30 de setembro de 2011

Exposição fotográfica “Somos Meros Humanos”

 Exposição "Somos Meros Humanos"


"Somos Meros Humanos" foi dito por um morador de favela do Rio de Janeiro ao ver a sigla SMH (Secretaria Municipal de Habitação) escrita na parede de sua casa. A sigla (SMH) é escrita nas paredes das casas removidas pela Secretaria. 

A exposição fotográfica "Somos Meros Humanos" é um realização do Coletivo Favela em Foco e será exposta durante o seminário “A cidade dos e para os megaeventos esportivos: Muros, remoções e maquiagem urbana” que acontece hoje dia (30) na Lona Cultural Herbert Vianna na Maré, mas possivelmente deve rodar por outros locais da cidade.

Fotos: Fotógrafos do Coletivo Favela em Foco
Curadoria: Joana Mazza

Fonte: Favela em Foco




Veja também 

SMH: essa é uma sigla que favelado nenhum quer ver na parede de sua casa

Olimpíadas e Remoção

 

 

29 de setembro de 2011

Revista Vírus Planetário no Catarse: veja como apoiar a idéia











Saiba mais sobre a Vírus Planetário qui

Entenda o que é o Catarse

O muro da Linha Vermelha é ideia antiga

Postagem publicada em (17 de maio de 2010)

Foto: Francisco Valdean



Pesquisando sobre o assunto em matérias de jornais encontrei um texto no jornal Globo Online do mês de fevereiro de 2009 falanda do projeto do muro na Linha Vermelha.


Segue abaixo alguns trechos da matéria


“ A pedido do secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a Linha Amarela também poderá ganhar muros na altura da Vila do João, a exemplo do que será feito pela prefeitura em três pontos de risco da Linha Vermelha”.

A matéria segue

“O principal objetivo dos muros de três metros de altura, em aço, concreto e acrílico, segundo a secretaria, é proteger os motoristas dos bandidos que se aproveitam de engarrafamentos para fazer arrastões”.

O projeto atual se modificou, “Do lado do muro que dá para as favelas, o projeto prevê um corredor de árvores para fazer uma barreira acústica, além de áreas de lazer”. Saiu as arvores e ficou só o argumento de que o muro é uma proteção sonora.

O projeto também ganhou um outro valor, de 4 milhões passou para 20 milhões.

Na versão online do Globo a nota fecha com a fala do secretário de Obras, Luiz Guaraná, “os muros servirão de proteção em eventuais tiroteios, uma vez que o aço a ser usado terá cinco milímetros de espessura”.

Na atualidade a prefeitura diz que o muro, que já esta quase concluído, é na verdade uma “Barreira Acústica”.


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28 de setembro de 2011

Grito contra o muro da vergonha


Postagem realizada no dia 09 de maio de 2010
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Ontem, o Bloco Se Benze que Dá através de um ato na comunidade Nova Holanda convidou os mareenses a gritarem contra o muro que nos cerca.



O ato iniciou com a moradora Gisele Martins fazendo a leitura da * "Carta aberta contra os muros nas favelas Cariocas"


 




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Em seguida foi a vez da galera da APAFUNK. Lembrando que essa é a primeira roda de Funk na Maré.







 

Antes que o bloco tocasse o microfone foi aberto para se discutir a questão.



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 Outras imagens






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* "CARTA ABERTA CONTRA OS MUROS NAS


FAVELAS CARIOCAS"




Desde seu surgimento a favela tem sido alvo de intenso processo de estigmatização e criminalização. Inicialmente, a reação à favela era suscitada através de uma “preocupação” com os problemas relacionados à saúde, higiene e poluição estética da cidade. Atualmente, é a crença em uma incontestável associação desses territórios com a criminalidade, a ilegalidade e a pobreza que orientam a formulação de políticas públicas e o discurso das mídias empresariais. São exemplos desse processo de marginalização a remoção de favelas, a criminalização do funk, a ação policial violenta e, até mesmo,


discursos fascistas, como o do atual Governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, que aponta a favela como uma “fábrica de produzir marginal”.


Apesar da existência dessas medidas mais explícitas de segregação da favela, é sob o disfarce de “barreira acústica” – para a proteção sonora daqueles que moram próximos às principais vias expressas da cidade – que o Estado reafirma o processo de estigmatização e marginalização dos favelados. Conforme matéria do jornal Estado de São Paulo, serão gastos 20 milhões de reais – financiados pela Lamsa [Linha Amarela S.A.] – para que o muro seja erguido.


Contudo, não se trata de uma nova iniciativa. Em 2003 e 2004 projetos de lei apresentados à Alerj produziram uma evidente associação entre favela, violência e risco aos usuários das vias expressas. Naocasião, não se refletiu sobre o favelado, mas sobre a proteção dos usuários das linhas vermelha e amarela.


Os muros seriam levantados e o sentimento de segurança de uns seria garantido, enquanto a outros seria reservado o descaso. Do mesmo modo, também em 2004, iniciativa do então Secretário Municipal de Meio Ambiente, Luiz Paulo Conde, propôs medida similar a essa. Para nós, o que hoje se apresenta sob a forma de “barreiras acústicas” e “ecolimites”, se trata, na verdade, de uma reedição dessa mesma política que visa estigmatizar e criminalizar uma grande parcela da população carioca que reside nas favelas. Cientes de que as “barreiras acústicas” não poderão calar todas as vozes das comunidades encarceradas, os agentes dessa política segregacionista tentam enganar e/ou comprar associações e ONGs situadas na Maré.


Trata-se de mais um ataque assistencialista cuja finalidade é promover o maior controle dos espaços populares. A manutenção de uma política mercantil de projetos sociais não pode servir de moeda de troca dessa política fascista. Diversas instituições já aceitaram o dinheiro da Lamsa, mas é um e quívoco da Lamsa e dos governantes acreditar que essas ONGs representam todo o povo e as forças populares. Nossa resistência não se compra, nosso grito não se cala!


Nós, do Bloco Se Benze que Dá!, que desde 2005 buscamos formas de nos posicionar contra as fronteiras que existem dentro da Maré, escrevemos essa carta para denunciar a fronteira que quer separar fisicamente a Maré do resto da cidade. Assim, nos diferenciamos destes setores e propomos uma nova política que se construa junto com o povo. Que os recursos utilizados para a construção do muro e de outras medidas


direcionadas à exclusão da população pobre sejam revertidos para a eliminação dos muros sociais, abstratos. Ao invés de muros que separam, dividem, opõem, desejamos a construção de pontes, de elos, que reconheçam a favela como o que ela é: parte da cidade. Desejamos, isso sim, um real comprometimento com a garantia dos direitos humanos e civis para todos os cidadãos. Por uma sociedade sem muros, convocamos todas e todos para combatermos as barreiras que pretendem nos calar!




Abaixo os muros da Maré! O muro não abafará a nossa voz!


Nos encontraremos no DIA 08 DE MAIO,


15h - Roda de Funk com APAFUNK


17h - Reunião contra o MURO DA VERGONHA


Local: Praça da Nova Holanda,


Bloco Se Benze que Dá!



Como acessar o Bloco



blocosebenzequeda.com


27 de setembro de 2011

Artista morador da Maré protesta contra o muro erguido na Linha Vermelha

Postagem realizada no dia (12.4.10) 

Luiz Fernando enjaulado, uma forma que ele encontrou de protestar contra o muro ("barreiras acústicas") erguida pela Prefeitura na Linha Vermelha na altura da Maré.

O artista, Luiz Fernando, morador da Maré iniciou hoje um protesto contra a construção de "barreiras acústicas" que a prefeitura ergue na linha Vermelha nas proximidades da Maré. Ele pretende ficar por 30 dias preso numa espécie de jaula que ele mesmo construiu na altura da Comunidade Vila dos Pinheiros.



Luiz Fernando é bastante conhecido pelos seus protestos, em 2007 construiu uma casa no meio no Canal do Cunha, dizia ele na época que a construção era uma forma de protestar contra a degradação que sofre o canal.

As imagens foram captadas pela fotógrafa Elisângela Leite. 
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Sobre o assunto Viviane Oliveira realizou um vídeo junto com Marcia Farias






Seminário na Maré discute o “Muro” da Linha Vermelha e Amarela

26 de setembro de 2011

Seminário na Maré discute o “Muro” da Linha Vermelha e Amarela

No dia 30/09 acontece na Lona Cultural Herbert Vianna, Maré (rua Ivanildo Alves, sem nº, Baixa do Sapateiro) o seminário “A cidade do e para os megaeventos esportivos: muros, remoções e maquiagem urbana”.


O seminário é organizado pela a Redes de Desenvolvimento da Maré, em parceria com o Observatório de Favelas e a ActionAid, neste também será apresentado os resultados da pesquisa "Os muros do invisível". A consulta foi feita a partir da opinião dos moradores sobre os muros “acústicos” construído em trechos da linha Vermelha nas proximidades da Maré.


Saiba mais em www.redesdamare.org


Durante a instalação do Muro em 2010 o Blog O Cotidiano registrou alguns pontos da movimentação que o “Muro” gerou na Maré. Durante esta semana reeditaremos algumas das postagens da época.