No dia 25 de agosto de de 2012, passei o dia no “Complexo do Alemão”, naquele
dia registrava em fotografias atividades realizada por jovens moradores do
Alemão, os jovens realizavam as atividades artisticas e culturas no projeto “Solos
Culturais” da instituição Observatório de Favelas.
As atividades ocorreram em quatro pontos do “Complexo do Alemão”, Largo
do Bulufa (Grota), Praça do Conhecimento, (Nova Brasília), Praça do Sagaz, (Fazendinha)
e morro dos Mineiros, uma das comunidades do Alemão onde segundo os moradores
as melhorias do PAC[1]
não chegou e nem tem possibilidades de chegar.
Desta experiência gostaria de falar de uma rua da localidade, a Rua Joaquim de Queiroz localizada
na favela da Grota. Por conta das idas e vindas de um ponto a outro para
fotografar ao máximo as atividades passei pela rua algumas vezes numa Kombi
conduzida por um cara muito gente boa chamado de Salgadinho. Salgadinho é muito
conhecido pelas ruas das favelas, ele é morador do Morro dos Mineiros
e nas conversas que tivemos ele me disse que nasceu na Grota, o fato é que de
uma ponta a outra da rua, nas diversas vezes que passamos, não
faltava intimidades entre ele e os habitantes da Joaqueim de Queiroz, era um oi
aqui, um olá mais para frente e alguns convites pra tomar uma cerveja no fim da
tarde.
Parte dessa popularidade de Salgadinho talvez seja por ser motorista de
Kombi na localidade e pela sua vivencia no local é claro. Bom motorista capaz
de trafegar numa velocidade considerável pela Joaquim de Queiroz, rua relativamente
estreita onde nem sempre é possivel trafegar dois carros, quanto mais a rua
segue para o interior do “Complexo do Alemão”, mais a rua vai fiando densa e
estreita, em parte pela própria atividade dos moradores na rua. Das inúmeras
vezes em que passamos pela rua, muitas foram as vezes em que o piloto
Salgadinho teve que voltar em marcha ré, ocorre que quando dois carros se
encontram num pontos estreito da rua, um dos carros tem que retorna de ré até
um ponto em que os carros possa passar um pelo outro, mas tudo certo, essa é
uma prática que faz parte da rotina do tráfego da rua. Em varias das
vezes foi o Salgadinho que deu a ré, mas também varias foram as vezes que quem
deu a ré foram outros carros, a ré é quase sempre uma avaliação de quem dirige,
como a rua é estreita, o motorista quando se depara coma rua bloqueada
com o fluxo de carro avalia quem é melhor voltar até um ponto mas largo da rua.
Tudo funciona sem o menor problema, alguns dos jovens envolvidos nas atividades
comentavam que a polícia não da a ré em suas viaturas, das inúmeras vezes que
encontramos viaturas da polícia esta situação parecia se confirmar em todas as
vezes, com exeção de uma única vez que a viatura policial deu marcha ré abrindo
passagem para os demais carros que seguia o fluxo da Joaquim de Queiroz.
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