21 de janeiro de 2012

Grupo "Penitentes do Santa Marta" encerra atividades do mês de janeiro






Grupo de folia de Reis Penitentes do Santa Marta encera suas atividades no mês de janeiro visitando algumas casas no morro Santa Marta, Rio de Janeiro.

19 de janeiro de 2012

O que é o SOPA (Stop Online Piracy Act) e porque ele é tão perigoso


Reprodução  do site do Ibase


A entrevista abaixo, com o professor da Universidade Federal do ABC e ciberativista Sérgio Amadeu, explica o que é o projeto de lei chamado Stop Online Piracy Act (SOPA), que está para ser votado na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. Hoje, dia 18/01, o Reddit está chamando um black out na rede para protestarmos contra a possibilidade de censura e de bloqueio aos sites pelas autoridades norte-americanas.


18/01/2012 – Dia de resistência ao SOPA. Crédito: ~C4Chaos/Flickr.

Qual é o conteúdo desse projeto de lei? Por que é tão polêmico?
Sérgio Amadeu: O SOPA, apresentado em outubro de 2011 na Câmara dos Deputados dos EUA, é praticamente um complemento do Protect IP Act (PIPA), apresentado quatro meses antes no Senado norte-americano. As duas propostas legislativas visam bloquear o acesso a sites e aplicações na Internet que sejam consideradas violadoras da propriedade intelectual norte-americana. A indústria do copyright percebeu que os principais buscadores, provedores de conteúdo e redes sociais online estão sediadas nos EUA. Por isso, acreditam conseguir no ciberespaço algo semelhante ao bem sucedido bloqueio econômico à Cuba.

Na prática, o que acontecerá se ela for aprovada?

Sérgio Amadeu: Nenhuma empresa sediada nos EUA poderá permitir o acesso a um número de IP (ou seja, do protocolo de internet) ou a um domínio de um site acusado de “roubar” imagem, vídeo, música, texto ou software de cidadãos ou corporações norte-americanas, sob pena de ser considerado um verdadeiro cúmplice. Mais do que aplicar a técnica chinesa do bloqueio aos endereços dos sites, a lei exige que, em cinco dias, todas as referências a estes sites sejam apagadas. Isto quer dizer que se meu blog for acusado de violar o copyright de algum americano, o Google e o Yahoo serão obrigados a deletar todas as referências a ele. Também a Wikipedia deverá suprimir todos os links que teriam para o meu blog, mesmo que os enlaces tratassem de outro tema.
Além disso, são completamente impeditivos os custos para se recorrer na Justiça norte-americana dessa ação de bloqueio administrativo. O pior é que os dois projetos de lei visam controlar a criatividade e a inovação também na área de aplicações na rede. Imagine se a Microsoft acusar o WordPress de violar determinadas patentes de software (que são aceitas nos EUA). Como ficarão os blogs que usam a plataforma wordpress em todo o planeta? Certamente terão seus IPs bloqueados em solo americano e os mecanismos de busca deverão suprimir qualquer link que os indique.

Qual o impacto disso para a rede como um todo?

Sérgio Amadeu: Se o SOPA e o PIPA forem aprovados, será a primeira grande derrota da cultura da liberdade diante da cultura da permissão e do vigilantismo. Será um grande retrocesso para a criatividade e para a inovação da comunicação em rede. A Internet poderá ser afetada nos seu sistema de DNS (sistema de nomes de domínio) e isto poderá alterar profundamente a sua dinâmica. Por isso, enquanto lutamos contra os traficantes do copyright, temos que utilizar a estratégia das comunidades de software livre. É preciso pensar e construir também novas tecnologias de rede que possam anular a truculência do Estado norte-americano. Resistir, mobilizar, denunciar, sem esquecermos que, talvez, o decisivo seja hackear. E vale lembrar que hackear é hipertrofiar. Borrar as fronteiras dos inimigos da liberdade. Elevar ao extremo seus absurdos. Não têm nada a ver com crackear, roubar e invadir. Um exemplo é o plano para lançar o primeiro satélite hacker (leia mais).

Quais são os interesses por trás da lei?

Sérgio Amadeu: Esta medida é defendida por membros do Partido Republicano e do Partido Democratas que querem subordinar todos os direitos sociais e culturais ao enrijecimento e extensão da propriedade intelectual. São lobistas de associações como a MPAA (indústria cinematográfica), RIAA (indústria fonográfica), BSA (Business Software Aliance) que articulam deputados e senadores para apoiar tais medidas que são consideradas anti-constitucionais por diversos analistas. Todavia, os deputados defensores do SOPA e do PIPA defendem que tais medidas não se aplicam em território americano, são para bloquear sites fora de sua jurisdição, portanto, não fere a Constituição. Por trás dessas propostas está a certeza de que não adianta atuar contra o usuário da Internet, pois esse não acredita que compartilhar música, textos e vídeos seja uma atividade criminosa. Por isso, querem atuar na própria infraestrutura de conexão e de provimento de acesso da rede.

Há reação dos movimentos sociais?

Sérgio Amadeu: Há uma grande reação nos EUA contra o SOPA e o Protect IP Act. O principal articulador da luta contra o bloqueio da Internet é a Electronic Frontier Foundation. Ativistas do mundo inteiro se mobilizam contra essas medidas. Organizações sem fins lucrativos, tais como a Wikipedia e a Mozilla Foundation se mobilizam igualmente junto com corporações como o Google e o Yahoo. No Brasil, os ativistas da liberdade na Internet que lutam contra o AI-5 Digital se mobilizam desde o ano passado para denunciar o SOPA. Diversos blogueiros também têm denunciado essas investidas que visam censurar e bloquear a rede. Existe até um aplicativo para celulares Android (veja) que permite o usuário identificar as empresas que apóiam o SOPA, conforme tenho relatado no Twitter (http://twitter.com/samadeu).

Leiam também “EUA: estado totalitário e militar” de Miguel Urbano Rodrigues publicado em ODiário.info e “Projeto dos EUA quer censura mundial na web“, de Sérgio Amadeu, publicado no portal A Rede.

16 de janeiro de 2012

Sexta-feira 13 no Santa Marta – Favela Modelo

Um pouco antes das 10hs um conjunto de relógios da light localizados no Beco do Conforto  começou a pegar fogo. Rapidamente a chama começou a subir e os estouros que saiam do conjunto de relógios  em chama, chamava a atenção de muita gente.  Os moradores se mobilizaram e começaram a jogar areia para tentar controlar o fogo. Apesar dos estouros e faíscas os moradores persistiam na tarefa de apagar o incêndio.  Outros moradores tentavam ligar para a Light e par o Corpo de Bombeiros. Aí a estória ganha mais dramaticidade: o Corpo de Bombeiro diz  que só pode estar no local com a presença da Light, no entanto, os telefones de emergência da Light não respondem.  Enquanto isso o fogo se intensifica e ameaça atingir outros pontos.  Num raio de muitos metros não havia um extintor. Felizmente alguns moradores  lembram que na quadra da Escola de Samba tinha extintor e rapidamente foi buscá-lo. A areia mais a aplicação do extintor conseguiram controlar o incêndio. Mesmo uma hora depois do ocorrido, nem Bombeiro e nem Light.

Estranhamente na favela modelo, e que sai no jornal como o lugar onde tudo mundo paga sua conta de luz, o que salvou os moradores de um grande desastre foi, mais uma vez, a iniciativa e a cooperação dos moradores vizinhos. 
Itamar Silva 

Fonte: Blog Nossa Opinião