26 de fevereiro de 2010

Menina desaparece entre escola e casa

 

Gizela, de 8 anos, desapareceu após sair da Escola Municipal Bahia

Por Renata Souza

A menina Gizela Andrade de Jesus, de 8 anos, desapareceu na manhã de ontem (25/2) após sair, às 11h30, da Escola Municipal Bahia, que fica próxima à passarela de número sete da Avenida Brasil. Neste ano, já ocorreram pelo menos seis casos semelhantes no Rio.

De acordo com a mãe da estudante, Lenivanda de Souza, moradora do Parque Maré, o caso só foi registrado da 21ª DP (Bonsucesso) depois de muita insistência, já que o policial que a atendeu não tinha conhecimento da lei federal de 2005 que obriga a imediata investigação em caso de desaparecimento de criança e adolescente.
“A gente teve que ficar argumentando, insistindo, o policial nem conhecia a lei. Ele queria que a gente esperasse 24 horas”, afirmou Lenivanda, que retornou à 21ª DP na tarde de hoje (26/2) para prestar depoimento que dará subsídios ao início da investigação.

O SOS Crianças Desaparecidas e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj acompanham o caso, assim como o Movimento Helaiz, de mães em luta contra o sequestro e desaparecimento de crianças.

A mãe, que está grávida de nove meses, apela para a pessoa que souber de algo sobre o desaparecimento de Gizela ligue para o telefone do SOS Crianças Desaparecidas 2286-8337.


Trabalho dignifica ou degrada?

Fotografia de João Roberto Ripper

Por Luiz Carlos Maranhão
Editor Executivo da Revista Versus

João Roberto Ripper documenta a tragicidade de trabalhadores no Brasil profundo. Mas o trágico de suas fotos, ele diz, não exclui a dignidade e a beleza. A que ilustra a VERSUS Imagem só confirma a reflexão do professor Ricardo Antunes, entrevistado por VERSUS, na Unicamp. As formas de organização da vida humana, segundo Antunes, acabaram de um modo quase que constante, conferindo ao trabalho uma dimensão de servidão, de sofrimento, de sujeição. O professor cita o trabalho escravo, na escravidão greco-romana; o trabalho medieval do servo de gleba; a escravidão colonial dos negros no Brasil ou a escravidão também dos indígenas na América de origem hispânica. E, por fim, “o trabalho assalariado, que tem a aparência da formalidade e da igualdade, mas na qual a substância é a da desigualdade estrutural”.

Por Francisco Valdean

A ideia de que o “trabalho era um castigo” ecoou em certa época pelo mundo, mas diante da “necessidade” de manutenção e rumo a um sistema parasitário e sem escrúpulo necessariamente foi preciso transformar a ideia negativa atribuída ao o trabalho. A ideia perde força e se transformou em positivo o fato de trabalhar, agora trabalhar é essencial e gerador de “dignidade”. O trabalho ou as condições de trabalho degrada, mas não aniquila por completo a dignidade. Registrar uma atividade degradante, criticá-la e ainda revelar belezas é para poucos.


Fonte Revista Versus

25 de fevereiro de 2010

Representação

Isto não é um gato