8 de maio de 2010

O que rola na favela da Maré

Batismo de Capoeira



No último sábado rolou na Vila do João um batismo de Capoeira. O batismo foi realizado pelo Mestre de capoeira Berge na sede da Ação Comunitária. O batismo é um ritual importante da cultura capoeirista. Apartir do batismo o capoeirista ganha um apelido e por este passa a ser chamado dentro do universo da cultura capoeirista.
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No domingo acontecu na Baixa do Sapateiro um evento chamado pelos organizadores de "Show Gay". O evento foi organizado pelo morador Piquete e ocorreu na rua Oliveira.

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O que rola neste final de semana

Hoje (sábado) O Bloco Se Benze que Dá organiza um protesto contra a construção da "barreira acústica" construida na  Linha Vermelha. O protesto será na Praça da comunidade Nova Holanda.

7 de maio de 2010

Os muros no Rio alastram-se igual praga

Muro no Santa Marta
Foto de Davi Marcos
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Enquanto isso os muros continua nos murando...

 

O muro para “proteger” os moradores da Maré da terrível poluição sonora da Linha ... me parece ser muito cinismo dizer que o muro é para poupar os faelados da popuição sonora...



Luiz Fernando enjaulado, uma forma que ele encontrou de protestar contra o muro ("barreiras acústicas") erguida pela Prefeitura na LinhaVermelha...




4 de maio de 2010

"Se Benze que Dá" em manifesto contra o muro


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Vídeo


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3 de maio de 2010

Cotidiano: ►violentado ► violado ►violento

Imaginem o seguinte:

O dia é domingo, por terra um batalhão de homens vestidos de preto avançam sobre a favela, seguidos e guiados por dois automóveis de aparência grosseira, tipo ficção.

A cena acima era o que transcorria por terra.

Pelo ar dois pássaros negros voam, só que ao invés de asas tinham hélices de ferro blindado.

Os pássaros negros barulhentos andam armados, podem “cagar balas” sobre as cabeças dos que estão em terra. São perigosos advertiu-me alguém que completou: “nestes momentos o lugar mais seguro é a casa “asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de...”: tiroteio entre polícia e bandido, não importando se isso é durante o dia ou noite.

Provérbio 13 p/ 18

Numa rua próxima pessoas pareciam não se preocupar com os fatos, conversavam, diziam piadas. Um dos homens das varias rodas de conversas tratou de incluiu a seguinte frase (“esses são os caveirões dos céus”) na conversa sobre os pássaros que sobrevoavam e ao mesmo tempo observavam os homens como se esses fossem carniças e eles famintos urubus.

A frase causou reações. A discussão agora era sobre leis, direitos e deveres. E as palavra e frases inteiras flutuavam como nuvens.



                                                    “aqui é favela”



                                                                     “aqui é área de risco”



                          “aqui é área onde quem manda é bandido”



                                          “aqui é área isenta de IPTU”



– disse o danado do homem, causando mais divergência de opiniões.

Os pássaros saíram em revoada após terem interrompido o curso normal daquele domingo com 5, 6 ou mais mortes. Cumpriram a missão e voaram para outra área da cidade que “precisavam deles mais do que nos”.

Os rituais dominicais seguiram como se nada tivesse acontecido, é bem verdade que entre um “gole de cerveja” e as conversas de futebol nos muitos bares da cidade alguém relembrava dos pássaros, mas a vida seguiu, tinha que seguir. Afinal a violação foi à visita dos pássaros e não os que os motivaram nos visitar.