15 de julho de 2011

Che também foi fotógrafo

 © Foto de Roger Pic. Che Guevara em Havana, 1963.

Che Guevara, sempre levava sua câmera fotográfica durante suas andanças pelo mundo. “Antes de ser comandante eu era fotógrafo”, dizia ele. Entre 1950 e 1960, Che retratou crianças, paisagens, operários e anônimos, como também realizou belíssimos auto-retratos. Trabalhou algum tempo para uma agência argentina, onde cobriu os jogos pan-americanos de 1955, no México.

Fonte: Blog Imagens & Visions

14 de julho de 2011

Sim! Sei! Cidadania é!?



Existe uma espécie de propaganda generalizada de que está em processo um profundo projeto de garantia de cidadania  na cidade do Rio de Janeiro e o público alvo são os favelados.

Pois bem, o conceito de cidadania tem origem na Grécia e de um modo geral e básico este é um status jurídico e político mediante o qual o cidadão adquiria direitos civis, políticos e sociais; e deveres relativos a uma coletividade política.

Consultei alguns textos* a fim de ver isto melhor. De modo resumido na atualidade o conceito de cidadania é constituído por princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito e pode ser traduzido como um conjunto de “liberdades”, “obrigações políticas, sociais e econômicas”. Segundo o conceito moderno ser cidadão  implica em exercer seu “direito à vida, à liberdade, ao trabalho, à moradia, à educação, à saúde, à cobrança de ética por parte dos governantes”.

É preciso ser levado em conta que entre o bendito dos conceitos e a realidade existe um abismo, mas que seja, nem conceitualmente alguém na capacidade total de suas faculdades mentais pode afirma que está em processo nesta cidade um projeto que garanta cidadania aos favelados no sentido em que está escrito nos "princípios fundamentais". No máximo o que pode ser afirmado é que está em processo alguns direitos que há muito tempo deviam existir nas favelas na forma como existem em outras áreas da cidade, o que já seria problematico, mas deixemos isto para outro momento.

Digo tudo isto pelo fato de ter visto no dia de hoje numa fotografia o slogan “Cidadania em Alta”, a foto que me refiro foi feita pela fotógrafa _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ na ocasião da inauguração do teleférico do Conjunto de Favelas do Alemão em 07/07/2011.


Textos consultados*

PINSK, Carla Bassanezi. PEDRO, Joana Maria. Igualdade e Especificidade – História da Cidanadia, Editora Contexto.

D´URSO, Luiz Flávio Borges. A Construção da Cidadania, http://www.oabsp.org.br/palavra_presidente/2005/88
 

Teleférico do Alemão: onde o turismo é o exótico da favela



Foto: Francisco Valdean



Ontem fui andar no teleférico instalado sobre as favelas que compõe o Conjunto de Favelas do Alemão, Zona Norte do Rio. O clima é de coisa nova, muita gente, moradores do Alemão e de bairros vizinhos experimentando a novidade.

Na estação de Bonsucesso, a movimentação e euforia, principalmente das crianças era tão aparente que podia se sentir a energia.

No Bondinho em que subi, Monara, Léo, _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ e _ _ _ _ _ _ _ e eu. Na estação do Morro do Adeus, mais três adolescentes entram na gôndola em que estavamos, era a vez que eles subiam e desciam, o ar era de diversão.

O teleférico está na FASE 1- 3O dias (convidados – gratuito) 2ª à 6ª 9h às 11h/14h às 16h.

De um ponto de vista turístico, principalmente do tipo que adora fazer turismo em favela, a sensação causada pela visão é de cair o queixo! Mas o que tem a favela de exótico para merecer atenção no nível da curiosidade turística?

Fico pensando que talvez fosse mais saudável para a cidade se as pessoas fossem visitar as favelas e realmente, as vissem como são, sem a pieguice de nos achar pobres coitados, ou então ir nas favelas por pura curiosidade de como moram milhares de pessoas nesta cidade.


Uma vez tive contato com um grupo de jovens da Rocinha e o assunto do turismo por lá surgiu na conversa, o que posso dizer é que eles não tinham opiniões favoráveis sobre a prática. Nem tanto pelos visitante era mais pelo fato incômodo de serem “caçados” pelas lentes das câmeras dos turistas. Esta foi à expressão usada, se sentiam como caça fugindo de atiradores.

Não acho que o teleférico seja uma coisa ruim, acho que resolve inclusive algumas questões de transportes. 

Mas não me agrada a ideia do turismo e me agrada menos ainda quando penso que nós somos vistos como exóticos. Digo isto pelo fato de que em alguns pontos do teleférico a vista é simplesmente estonteante, principalmente quando se passa por cima da comunidade da Grota, onde as casas vistas de cima parecem uma verdadeira obra arquitetônica feita coletivamente.

Para além da paisagem e da vista que é muito bonita, existem os problemas, problemas que deviam terem sidos solucionados pelo PAC* mas estes ainda existem e não sei se os que compõem todo o teatro tem algum interesse por eles.

Como é o caso de dona Marlene Soares de 55 anos, moradora do Morro da Baiana. A casa dela se encontra com inúmeros problemas, problemas que a moradora diz terem sidos intensificados com as obras do PAC.

O fotógrafo Léo Lima do Coletivo Favela em Foco já visitou por duas vezes a casa de Dona Marlene e é quase sempre uma angustia falar deste caso, que não é o único, inúmeros casos como este ocorrem abaixo dos milhares de metros de cabo de aço que levara muita gente a passar pelas 152 gôndolas sobre a casa de dona Marlene.

Muitas fotos serão tiradas, muitos políticos se elegerão e a vida continua numa boa e bela se vista de cima, mas lá embaixo estará dona Marlene sem conseguir dormir, um rio de esgoto corre por dentro do que já foi sua casa.


* Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

12 de julho de 2011

Contradição



A contradição é a “coisa” mais deplorável do mundo. É um verme invisível que come silenciosamente o que há por baixo da pele humana. Não estou certo disto, mas suspeito que seja a contradição uma espécie de praga inerente a um determinado tipo de relações estabelecidas.  Me parece ser fato que no mundo atual a contradição seja uma praga viva que não poupa ninguém!

O pior é que a contradição é uma espécie de artifício dos “espertos” sobre os “bobocas”. Os “espertos” nunca são surpreendidos quando a contradição verdadeiramente se manifesta. Estes a compreende de tal maneira que são capazes de viver mergulhado até o pescoço na merda e nunca reclamar da situação, as vezes até fingem sobre sua real existência. Mas  esta bela dama não é tão gentil com os “ingênuos”, com estes ela age  como uma faca afiada cortando profundo no peito destes pobres coitados.




Dedico as linhas a cima aos camaradas _ _ _ _ _ _ _ e _ _ _ _ _ _ _ _ _  cada um por um motivo diferente.

Rodrigues Moura, 31 anos registrando o Conjunto de Favelas do Alemão






Por Viviane Oliveira
Fonte: Viva Favela



11 de julho de 2011

21 Gramas - Música da Banda Café Frio





Banda Café Frio